Existem razões para insônia na gravidez?
Como disse aqui, na minha segunda gravidez, comecei a viver um período “insone” prolongado, diferente da minha primeira gestação.
Posso dizer que não tive muita insônia na minha primeira gravidez. Aliás, não me lembro de acordar no meio da noite e ficar “fritando” por horas na cama, pensando na vida…
Só no final, quando já estava no “extra” – ela veio com quase 42 semanas de gestação – com respiração difícil e sem achar posição é que eu comecei a ficar insone. Algumas vezes eu ia para minha sala, sentava no sofá, tentava ler alguma coisa, mas não conseguia fixar a minha atenção em nada… e eu queria realmente era dormir, porque ficar acordada no meio da noite me enchia de sono durante o dia, o que alterava sobremaneira o meu humor. Aqueles foram os primeiros episódios de insônia da minha vida (sempre dormi muito bem), eu não soube absolutamente o que fazer. Passou a ser uma das “novidades” da gravidez que eu não gostei!
Dessa vez, desenvolvi uma técnica para lidar com minhas noites insones. Geralmente começo me perguntando o que ligou o meu sistema de alerta. Por que acordei? Do que estou com medo? O que está me deixando insegura a ponto de abalar o meu descanso? O que está pendente? O que ficou mal resolvido?
No começo é difícil responder essas questões. Por vezes tenho tendência a achar que não há nada. Mas faço um check-list minucioso pelo que mais tem peso em minha vida: filhos, marido, familiares, amigos, profissão, futuro… e sempre encontro o que está em desequilíbrio. Permito então que o pensamento intruso invada de vez a minha cabeça, para que eu possa conhecê-lo intimamente, nos pormenores, até ao ponto de dormir com ele, se for o caso.
Porém tem gente que vive isso por outras razões: em virtude das preocupações que em relação à maternidade, o peso da responsabilidade, as expectativas, etc. Uma colega de trabalho me disse, certa vez, que quando pegou o resultado do exame com o positivo para gravidez em vez de ficar feliz, ficou desesperada… E era uma gravidez planejada e querida. Mas, por algum motivo a perspectiva de todas as transformações pelas quais ela iria passar física e emocionalmente, a desesperou.
Depois q esse “choque” inicial passa todo mundo fica feliz, comemora e tal. Mas aí vieram as todas as outras preocupações: o desenvolvimento do bebê, o risco de aborto espontâneo (tão comum até o 3 mês, ainda mais em primigesta), a toxoplasmose, tantas coisas, que é fácil imaginar porque ela perdia o sono.