Algumas pessoas têm um donzinho para a música. São aquelas com ouvidos mais ou menos bons. Outras têm o dom em perfeição: têm um sentido extremamente desenvolvido e sabe que nota é qual e as relações musicais que se estabelecem entre elas. A maioria de nós, mortais e com ouvidos, nos esforçamos bastante para identificar alguma nota e ritmo.

Da mesma forma, algumas de nós têm uma relação natural (normal) com a organização das coisas, em colocar ordem, ser disciplinada. São aquelas pessoas que, segundo o estereótipo, mantém as coisas nos cantos certos sem nem pensar, fazem tudo com uma mão só e ainda respiram entre as atividades, demonstrando o esforço mínimo que fazem para gerar o automatismo da coisa. Conhecem o personagem Bree Van De Kamp (interpretado por Marcia Cross) do seriado americano Desperate Housewifes da ABC? A própria!

Para mim, pessoas assim, que aparentemente amam as atividades domésticas e a arte de organizar, tem tudo na ponta do lápis, anotado, planejado, previsto, vieram com um chip a mais já implantado no cérebro. Onde eu estava que não entrei nessa fila também antes de nascer?

A maioria de nós, nascidos sem o dito chip a mais, tem que trabalhar um pouco mais que os outros mortais. Tem que trabalhar esse lado e adquirir hábitos organizacionais. É seguindo o mesmo pensamento das notas musicais, que, praticando (planejando, eliminando e limpando), como para um concerto, que nossas habilidades ganham força e se tornam parte integrante de nós, nosso chip improvisado.

Lembre-se do que eu já até disse aqui antes: Não, você não tem um problema. Você é como todas nós, normal. Você não é preguiçosa, nem doida, nem burra. O que você precisa é aprender algumas coisinhas… Adquirir certas habilidades necessárias para o serviço doméstico (se você não quiser se tornar uma escrava do lar) e para um ambiente clean (limpo) e organizado na sua casa.

Vamos ao trabalho?