“Meu bebê nasceu feliz” – Entrevista com Andréa Santa Rosa

“Meu bebê nasceu feliz” – Entrevista com Andréa Santa Rosa

Passeando pelas revistas de fofoca, achei essa “pérola” – uma entrevista MARAVILHOSA com Andréa Santa Rosa (esposa do ator Márcio Garcia) – sobre parto fisiológico. Recentemente, ela deu à luz seu terceiro filho em casa, sem anestesia. Isso não é uma vitória para nós, defensoras do parto natural/normal? VIVA!

Por Patrícia Moraes

marcio-garcia-e-andreaA mulher do ator Márcio Garcia, que deu à luz o terceiro filho do casal, Felipe, há 1 mês, dividiu opiniões ao se submeter a um parto fisiológico ou humanizado, sem auxílio de anestesia. “A mulher que não faz um parto assim, não sabe o que é parir”, argumentou. Apesar das fortes dores que sentiu, Andréa se diz realizada com sua escolha. “Meu filho nasceu em casa, no ambiente da nossa família. No segundo dia, ele já sorriu de felicidade”, contou. Em entrevista exclusiva ao Portal CARAS, a mãe de Pedro e Nina, que já passou por uma cesariana e um parto normal, polemizou. “Tenho dó das mulheres que são forçadas a fazer uma cesárea por causa de cordão umbilical enrolado no pescoço ou qualquer outra desculpa esfarrapada”, falou ela sobre o parto de Mel Lisboa, que deu à luz Bernardo, Angélica, que também passou por uma intervenção cirúrgica para o nascimento de Benício e Joaquim, e outros inúmeros casos.

O que a convenceu a fazer um parto domiciliar sem anestesia ou parto humanizado?

– Acho que as mulheres têm o direito de conhecer melhor seu bebê e dar à luz sem precisar estar em um hospital. Na Europa é assim. Quando o Pedro nasceu, fiz uma cesariana. No parto da Nina, queria que fosse normal e só encontrei um único médico que aceitasse fazer isso. Quando ela nasceu, fiquei convencida a fazer o terceiro parto em casa, sem anestesia.

Como foi essa experiência?

– Muito dolorosa, mas foi a coisa mais incrível da minha vida. Quando optei fazer sem anestesia sabia que não poderia ser em um hospital, para não ter a menor possibilidade de pedir que amenizassem a dor. Em alguns momentos, pensei que não fosse agüentar, mas ultrapassei meus limites. Felizmente, foi tudo perfeito e não me arrependo de nada.

Você preferiu uma parteira a um médico, por quê?

– Porque queria ter intimidade com a pessoa que fosse fazer o meu parto. Eu a via todo mês e ficamos muito próximas. Na hora do Felipe nascer, ela me ajudou, foi como uma mãe. Cuidou de mim, me deu chá e fez compressas de água quente na minha barriga quando a dor chegava.

Eram só vocês duas no quarto?

– Ela é uma profissional experiente, pediu para que o ambiente ficasse o mais tranqüilo possível. Como era de madrugada, todos estavam dormindo, inclusive o Marcio. Ele veio logo que o Felipe nasceu e, em seguida, chegaram as crianças. Foi tudo muito entre meu filho e eu. Eu o vejo como minha cria mesmo. Não tenho baba e cuido dele sozinha. Só tenho uma pessoa que me ajuda quando vou tomar banho ou tenho que dar uma atenção maior às crianças. Tenho com ele uma sintonia muito forte. Tenho certeza que é por causa do parto. As mulheres que não fazem o parto assim não sabem o que é parir. Não critico as mulheres porque elas são enganadas. Tenho muito dó da Mel Lisboa porque ela queria ter parto normal e foi convencida pelo médico que deveria deixar a vontade de lado. O profissional que ela escolheu é conhecido por fazer cesáreas. Ele fez os partos da Angélica e de mais sete amigas minhas, todas se submeteram ao procedimento cirúrgico. E tem também aquelas que marcam o dia do parto. Isso é simplesmente um absurdo.

Como foi sua recuperação?

– Foi ótima. No dia seguinte eu já estava muito bem. Senti uma força enorme. Só não saio de casa antes para curtir ao máximo o meu pequeno e dar continuidade a esse processo de relacionamento intenso entre mãe e filho. Fui com o Marcio à festa da novela Caminho das Índias, no ultimo final de semana, porque era um momento especial para o meu marido. O Felipe ficou no carro, eu dei o peito e ele voltou para casa para dormir.

– Como é o Felipe?

– É um bebê feliz, que mama muito e quase não chora. Ele é tão apegado a nos, que dorme na nossa cama, bem no meio da gente. A Nina também tem uma afinidade muito linda. Às vezes, ela quer dar o peito para ele (risos) e o Pedro ajuda a trocar fralda. É tão fofo. Isso não tem preço.

– Você vai continuar defendendo o parto normal?

– Claro. A Fernanda Lima deu à luz gêmeos de parto normal. É uma prova de que a mulher pode escolher. É preciso achar o profissional certo, que queira acompanhar a gestante até o fim, até o bebê querer nascer, e não querer interromper esse trajeto tão bonito que é a vida.

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