Caixa preferencial e lugar no ônibus
Tem uma coisa que eu acho legal no Brasil, é o tal do caixa preferencial em supermercados, bancos e lojas. Acho isso o máximo mesmo! Aqui no Canadá não tem isso não, grávida, criança de colo, idoso vai para a fila normal. Ou pelo menos, por onde eu ando…
Na verdade, é assim: você é idoso (visivelmente idoso, estamos falando), tem prioridade. O resto, não. Para isso, existe aquele caixa de poucos produtos, sabe? Ele serve como preferencial no caso de um deficiente físico ou com necessidades especiais. Ele é mais largo, em geral, inclusive para facilitar a passagem de cadeiras de rodas e motorizadas.
Mas, nos transportes públicos, há locais reservados (e usados para tal) para essas pessoas com necessidades diferentes: as grávidas, mães com bebês de colo ou com carrinho, deficientes fisicos e idosos. E o povo respeita, sim. Claro que muito mais para o que é evidente, como a idade ou a deficiência física/ visual. Para as grávidas, a coisa complica um pouco mais.
Sabe aquele período da gravidez onde ninguém sabe se você está apenas gorda ou grávida? Pois bem, é nessa hora que você leva desvantagem quando vai pegar um ônibus. Se te cederem o lugar achando que você está grávida e for banha, eles ficam mal na fita. E se não o fizerem, eles passam por mal-educados e desatenciosos. Eles vão preferir a segunda opção. Aí, cabe a você reinvindicar seu direito, e eles saem. Na boa.
Eu sempre me dei mal nessa do ônibus (e olha que eu pegava 6 por dia, na época da minha gravidez) aqui na Terra do Gelo. Era inverno e estava sempre de casaco, casacão, com echarpe (cachecol) enrolado no pescoço, caindo sobre a barriga. Como saber que ali se escondia um bebê? Resultado: ninguém me cedia o lugar instantaneamente. Eu estava SEMPRE reinvidicando meu direito, quase 6 vezes por dia, dependendo do trajeto. Muitas vezes, era tão perto o trecho, que eu até preferia ficar de pé mesmo a ter que me deslocar no ônibus em movimento até o local reservado.
One thought on “Caixa preferencial e lugar no ônibus”
Muito bom este texto. Entrei para ler todos os textos que nao li em junho.
Um cheiro Mamy