Amor de mãe
O meu novo papel, o de mãe, foi uma das etapas mais difíceis, mais enriquecedoras e mais prazerosas pelas quais eu passei. Como sempre me avisaram, as primeiras semanas após o nascimento de Quinny foram as mais cansativas. As noites em claro, as várias fraldas a trocar, as mamadas a cada duas horas agora faziam parte da minha rotina.
Mas, o que me surpreendeu, muito prazerosamente, foram o elo e o amor que se estabeleceram entre mim e minha filha. Eu estava entendendo o que todo mundo me dizia há anos: nada é mais forte que o amor de mãe.
Tocar, falar e dar atenção ao meu bebê era tudo o que eu fazia e mais amava fazer naquele momento. Isso ajuda, e muito, a criar um elo especial entre mãe (leia-se pai também) e filho. Desde que o bebê nasce você começa a estabelecer uma das ligações mais fortes e importantes da vida. E o melhor de tudo, é que isso tudo acontece suavemente, com o maior dos carinhos e o mais nobre dos sentimentos.
Acariciar e segurar o bebê bem pertinho da gente são gestos simples e essenciais para a formação de elos afetivos porque acalmam o bebê, estimulam a sensação de bem-estar e transmitem segurança.
Uma ligação muito forte é estabelecida também durante a amamentação. A proximidade do corpinho da Quinny com o meu, sentir aquele quentinho coladinho em mim e a troca de olhares sempre foi um momento que me emocionou. O leve tocar da mãozinha do bebê sobre o meu seio me faz re-energizar por completo.
Para aproveitar ainda mais desse momento, eu sempre prolongava a mamada, oferecendo o segundo seio. Se ela não queria, eu a colocava para arrotar apoiada em meu ombro e começava a cantar musiquinhas de ninar ao seu ouvido. Aquela melodia, para ela, era um calmante, uma dose extra de amor de mãe, antes do soninho. E para mim, um sopro de vida no coração.
Quanto amor pode ali caber?