Dia Nacional da Adoção
Faz, talvez, um mês e meio que penso sobre isso: adoção. Faz uns dois meses que ensaio um texto sobre o tema e até hoje, nada tinha saído. Preparei mil idéias, mil formas de abordar um tema tão emocionante, preocupante e ainda, infelizmente, um tabu para muitos.
Chegou o dia de dizer algo a respeito, o Dia Nacional da Adoção. Você sabia que é dia 25 de maio? Não?! Nem eu, mas o que importa é o ato em si, tão nobre e tão bonito. Sinto até inveja daqueles que o realizaram. Não sou adotada, nem tenho irmãos adotados, nem filhos, nem primos. Infelizmente, eu diria. Considerando o número de crianças abandonadas ou prontas para a adoção que existem no mundo…
Penso demais a respeito, hoje e sempre. Estou rodeada de amigos que adotaram, que foram adotados ou que estão esperando para adotar. Acho um ato de amor lindíssimo, que, infelizmente, ainda não realizei. Não se trata de trazer uma criança para casa, não é um ato jurídico qualquer, mas um ato de amor sem limites, de dedicação, de prazer e ma(pa)ternidade incomensurável. Ninguém precisa ter muito para adotar, não se precisa posses, precisa apenas de amor. Ou a disponibilidade de amar. Sempre e muito.
Mas, na minha opinião, quem se dispõe a adotar, em si, já está amando. Sobretudo aquele que aceita esperar meses, anos, na fila (que não anda nunca!) de espera pela adoção. Esperar não apenas os 9 meses de uma gestação, mas a espera ansiosa pelo anjinho que está em algum lugar à espera de um lar, de amor, de pais dedicados.
A adoção transforma a vida não só de uma criança mas daquele que o faz, e esse, por sua vez, deve se compenetrar da grande responsabilidade que está assumindo e que essa situação é para sempre. Adoção é um ato irrevogável.
Ser pai ou mãe, não é só gerar, é , sobretduo e antes de tudo, amar.