Interrompendo a conversa
Sabe aquela hora em que você pega o telefone para ligar para o seu melhor amigo ou tentar explicar direitinho o serviço que seu eletricista tem que fazer, e você ouve Mamãe! Eu quero um biscoito! ou Papai! Posso falar no telefone também?
Se você é um pai típico e você tem crianças típicas (comuns), os pedidos desesperados de um pequeno falante pode ser um sério obstáculo para uma conversa de adultos saudáveis. Algumas vezes, só tentar ter uma conversa comum na hora do café da manhã com seu marido pode requerer várias tentativas.
As crianças não entendem as sutilezas de uma conversa, dizia uma amiga dia desses. Isso é verdade, mas vamos ser francos – interrupções constantes podem levar uma mãe tranquila e na calma total, a ujma completa distração e raiva. Mas, por que eles interrompem as conversas? Porque eles não podem se ajudar. Eles ainda estão numa fase muito egocêntrica do seu desenvolvimento, em que acham que o mundo gira em torno deles. Não há nada de errado com isso, já que é exatamente a fase onde eles estão.
Crianças também precisam de se sentir especiais, importantes e valorizadas. Elas vão fazer o que for preciso para que você os perceba, para chamar sua atenção, mesmo que isso signifique se transformar numa praguinha! É preciso saber que a mente subconsciente da criança não diferencia entre a atenção positiva e negativa dos pais. Tudo o que eles vão entender, se a tática funcionar, é eles estão recebendo a atenção de que eles precisam dos pais, naquele momento.
E tem aquela hora em que a sua filha não pára de te chamar, e você sai com um me dê dois minutinhos, tá? Mamãe já vai. Se a sua filha for como a minha, 20 segundos depois ela já está no meu pé de novo. Por quê? Quando você diz “dois minutos” para uma criança de dois, três anos de idade, que não entende o conceito de tempo, é a mesma coisa que dizer “chave de macaco” (isso tem algum sentido pra você? – pronto, você entendeu o conceito. Dois minutos pra ela quer dizer a mesma coisa = nada). Ao invés disso, você pode tentar, assim que eu terminar aqui, eu adoraria ouvir você, tá? Será bem mais fácil para ela, entender que você está ocupada, mas que ela não deixa de ser importante.