Saindo de ônibus com um bebê
Sem dúvida alguma, isso é uma aventura, em qualquer país do mundo, pouco importa se é verão ou inverno. Sair com bebê exige cuidados, uma sacola de fraldas, sua bolsa, fora o “meio de transporte” do próprio bebê, um sling, um canguru, um carrinho ou os braços da mãe.
Não se pode esquecer os acessórios essenciais, o chapeuzinho se estiver fazendo sol ou o gorro nos tempos mais frios. Acrescente o casaco, se for inverno, as botinhas ou aquela roupa de astronauta que cobre tudo com mil camadas, ou ainda um guarda-sol, para aqueles dias de torrar o juízo. Um verdadeiro arsenal para dar uma saidinha. Reconheço que, muitas vezes, fui freada por isso ao querer sair com minha pequena na Terra do Gelo, sem carro. O que deveria ser uma “saidinha” passava a ser uma proeza!
Aqui se sai muito com carrinho, sobretudo no inverno. Os slings e cangurus não isolam o suficiente do frio, mesmo com as roupas de astronautas que protegem de quase tudo. No carrinho, há a possibilidade de colocar um plástico protetor que corta o vento, protege da chuva e até da neve. Além da roupa, o bebê fica ali protegido pelo plástico, sem receber aquele vento na cara, respirando normalmente graças aos furinhos que existem, discretamente, aqui e ali.
É aí que surge a pergunta: mas, e o carrinho entra no ônibus? Sim, sim. Você não precisa colocar suas sacolas e bolsas no chão, tirar seu bebê do carrinho, desmontá-lo com a única mão que resta e subir com a mudança nas costas como um caramujo. O seu carrinho entra, como ele está, aberto, no ônibus. Graças a um sistema de rebaixamento da frente do ônibus, pessoas em cadeiras de rodas e motorizadas, mães com bebês no carrinho e carrinhos de compras sobem, sem problemas, em qualquer ônibus por aqui. Viva!
E pelo que andei vendo no Brasil, muitos ônibus já tem elevadores para os deficientes físicos, o que facilita a vida deles, e facilitaria ainda mais a das mães com bebês em carrinho, se não fora a falta de espaço interno. Concordam?