Palavra de Pai

Palavra de Pai

Philippe e Julie Vinet

Inaugurando a seção “Palavra de pai”, aqui está o texto do papai Philippe Vinet, administrador do site Siebra Vinet e do blog que vos fala.

Por que nos tornamos pais? No meu caso, como para muitos de vocês – falo para a comunidade masculina, embora saiba que a maioria dos leitores são mamães – é uma maneira de estender, de dar continuidade ao amor que eu sentia por minha esposa.  E claro, secretamente, o desejo verdadeiro de criar outro ser que parecesse comigo e com ela, a minha outra metade. Sejamos um pouco sensíveis e digamos a verdade: isso é mágico, não é?

Bom, uma vez que a magia dos primeiros instantes passa (até hoje me pergunto se passa mesmo), vem a realidade do dia-a-dia: fraldas, mamadeiras (ops, dessas aí eu me livrei, graças à amamentação prolongada da minha esposa), banhos, cuidados diversos, brincadeiras… o universo parece até mudar de centro para se concentrar UNICAMENTE nesse pingo de gente saltitante e sorridente, nossa pequena.

Nos momentos de estresse, ou quando o cansaço chega, pode ser que a vontade de se dedicar a esse papel diminua um pouco, abra espaço para outras coisas, e a gente acabe deixando a mãe assumir tudo. É importante ter tempo para si mesmo e se cuidar, mas isso era “antes”. Agora, sua vida já não é mais só sua, nem seus horários são só seus e a gente se alegra com isso. Como pode?  Aquele bout de chou (coisinha linda) depende de você e é sua responsabilidade cuidar dela e você ainda fica feliz com isso.

Deixar passar essa oportunidade, a de desempenhar esse papel, seria um erro que me acompanharia a vida inteira. A prova disso? Basta lembrar-se da relação que você tem/teve com seu pai. Se ela foi boa, lembre-se o porquê: ele estava presente para lhe proteger quando você via um fantasma, para brincar com você de esconde-esconde e para lhe ensinar a descobrir o mundo. No caso contrario, ele lhe fez falta…

Ser pai é um papel único, maravilhoso, indescritível. Ao mesmo tempo, ele é complementar ao papel da mãe. É nosso dever assumir – e achar um jeito de conservá-lo – o lugar que nos pertence: o coração do nosso bebê!

Texto traduzido do francês pela autora do blog e publicado no Blog Bê-a-bá de mãe (WWW.beabademae.com) .

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