O que se pode esperar de um novo ano que começa num sábado? Preguiça? Um ano de praia, sol e cerveja? Ou um ano de aulas de linguas pela manhã, supermercado à tarde e uma saidinha com os amigos à noite, se o cansaço deixar? Ou ainda um ano de feira de frutas e verduras às 5 da manhã, uma tarde de faxina de casa e um filminho do Supercine antes de adormecer?

É exatamente isso tudo aí de cima que eu não desejo. Ou melhor, desejo sim, mas em doses homeopáticas e por puro desejo de fazer diferente de vez em quando. Desejo um ano de coisas boas, de novidades sim, mas de coisas que gosto, amo, prefiro, sobretudo.

Todo ano, desejamos um ano de mudanças. Mas, esquecemos que as mudanças vêm sempre, todos os dias, para cada cetegoria de nossas vidas sem nem desejarmos ou percebermos. Eu não quero um ano de mudanças para 2011. Eu quero que as coisas já modificadas, seja ano passado ou a 2, 5, 7 anos, que são boas e me agradam, permaneçam. Que aqueles momentos bons se repitam, que aquelas pessoas que gosto e amo fiquem perto de mim e continuem a fazer parte de minha vida, que minha saúde continue assim, boa.

Desejo que os planos que fiz ano passado se aperfeiçoem e não mudem, apenas melhorem. E como todo projeto tem várias etapas e implica em várias adpatações ao longo de sua realização, desejo ter capacidade  pra isso, para me adaptar, para ter discernimento e saber fazer as melhores escolhas. Desejo momentos bons, de pura harmonia comigo, com os meus anseios, com os meus pensamentos, com o meu ar. Desejo ter paz dentro de mim, deixar que a calmaria venha abrandar meu coração aflito, eternamente ansioso por mudanças de cenário, de vida, de cores.

Desejo um ano de permanência, de calmaria e de paz. De espírito.