Parar de amamentar, por quê

Parar de amamentar, por quê

Uma de minhas “afilhadas” (de amamentação) me ligou hoje, querendo saber o que fazer para cessar o aleitamento de seu filho de 5 meses. Sem querer fazer nenhum julgamento, mas já fazendo – e aqui, de forma não muito ética, reconheço – ela vai viajar para o exterior durante uma semana com o marido e precisa parar de produzir leite. Ok, Andrea, direito dela, ela faz o que quiser, como quiser.

No entanto, eu, como madrinha e conselheira tenho a obrigação de perguntar por quê, a razão de querer privar seu filho de mamar e quais são seus sentimentos em relação a isso. Por que preciso saber? Para julgá-la? Não, de forma alguma. Mas, porque existem várias razões absurdas que são invocadas para parar a amamentação inutilmente (ver em outro post os detalhes).

Ela, por exemplo, no começo da conversa me disse que já tinha pensado bem no assunto, já estava preparando essa viagem a meses e sabia que chegaria o momento de parar. Me disse que queria fazer gradualmente, em um mês. Tudo bem, dá para fazer, mas antes… você tem certeza disso? Disse-me que sim, sevrage (privação de leite) total . Conforme a conversa progrediu, descobri que ela não queria parar assim, do nada, mas que queri a se sentir melhor, menos mãe e mais mulher durante essa viagem com o marido. Não queria sentir leite. Aí, entendi tudo. Era temporário. Ela queria uma interrupção, uma pausa, nada definitivo. Na verdade bem verdadeira, ela queria continuar oferecendo o seio pela manhã, ao acordar e ao deitar, por muito tempo. Só não sabia que era possível.

Tudo esclarecido, orientações dadas, ela desliga, feliz da vida. Será mulher do marido dela durante uma semana, sem cheirar a leite, vai deixar seu filhinho mamando o leite maternizado que a vovó vai dar e quando voltar, vamos fazer uma relactação. Acordo feito.

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