Vida (compras) exagerada(s)
Sempre fomos muito estragados lá em casa (digo, casa dos meus pais), sempre tivemos tudo em grande quantidade, exagero, fartura por medo de faltar, eu acho. Dizem que é coisa de cearense, mas não sei não… acho que é mal hábito mesmo. Fato é que, com o passar dos anos, a globalização, a estabilidade financeira, etc, mudamos nossos hábitos de compra/ estoque de coisas. E assim, começamos a viver uma vida mais perto do normal.
Nada mais de acúmulos, milhares de exemplares da mesma coisa, dificuldade de armazenamento, etc. Tudo isso isso ficou para trás. A partir de então, só compras programadas, estoque mínimo para fazer a casa “funcionar” e muito mais dinheiro no bolso e na conta. Possibilidades mil de investimento!
O tempo passou e comprei minha casa. E aí, a coisa mudou de figura, mas tentei me recuperar. Aliás, tento sempre. Sei que, muito facilmente, quebramos hábitos e regras, e essa, do acúmulo DESNECESSÁRIO de coisas, eu quebro sempre. Basta ver uma promoção de sabão, de papel higiênico e lá vou eu! Compro sei lá quantos garrafões de sabão líquido, com medo de faltar – será? Não, a desculpa é o preço, a promoção “imperdível” do supermercado. E como sabão, a gente tem que comprar sempre, de todo jeito, acabo criando estoque. Mas, o que nos esquecemos ao fazer isso, é que congelamos (para não dizer, inutilizamos) nosso dinheiro. Pegamos nosso rico e suado dinheirinho do banco e “investimos” em sabão! Isso mesmo, trocamos reais (ou dólares, no meu caso) por sabão. O que se faz com isso? Só se lava roupa. Você não paga conta com sabão, não come sabão, não paga a escola do filho com sabão.
Pensando em vida simples e economia… decidi mudar e ficar mais atenta. Não pelos gastos em si, mas pelo estoque, pela inutilidade do dinheiro. Conheço gente que tem estoque dessas coisas em casa, mas paga a feira com cheque pré-datado, acumula faturas de cartão de crédito. Será que essas pessoas não tem um mínimo de noção de economia doméstica?