Brincos em recém-nascidos
Meu marido não me deixou furar as orelhas de nossa filha ao nascer. Ele foi contra. E eu entendo o porquê. Culturalmente, na França, não se faz isso. Crianças só furam as orelhas já adolescentes, mais velhas e quando podem, em geral, decidir por elas mesmas.
No Brasil, eu sei que temos o hábito de furar as orelhinhas das meninas ainda recém-nascidas, às vezes, ainda na maternidade. O ideal é fazer isso com um professional, ou seja, uma enfermeira na maternidade ou um farmacêutico na farmácia da esquina. Mas, tem que ser por alguém que saiba o que está fazendo, sobretudo para não acertar uma zona mais delicada ou simplesmente, fazer um furo torto – uma orelha mais baixa que a outra.
Tem gente que fura (manda furar) com o próprio brinco (como se fosse uma agulha) ou com uma máquina especial, mas que faz mais barulho perto da orelhinha sensível do bebê e pode assustá-lo. Tem gente que acha o pino da máquina muito largo, mas é um padrão. É o tamanho certo para os pinos dos brincos, de recém-nascidos e adultos. Não precisa se preocupar que fique largo demais, a orelha é uma parte do corpo que não pára de crescer, e o buraco vai se adaptar ao crescimento.
Minha filha ganhou um par de brincos lindíssimo de uma amiga nossa, mas não pôde usar. Já sabendo desse posicionamento do meu marido contra o uso de brincos por bebês, minha família só nos deu jóias do tipo, pulseirinha, cordão (para crianças mais velhas), pingentes, etc. Resultado: um braço cheio de pulseiras e nada nas orelhas. Risos.
Eu aceitei numa boa. Entendo o pensamento dele, que não quer uma “adultização” precoce, nem no uso de bijouterias, nem roupas de adulto em tamanho de criança. E aí, concordo mesmo com ele. Tem coisa mais feia que uma menina vestida de mini-adulto?
Mas, tem que ter cuidado para não inflamar, tem que limpar bem e trocar o brinco de vez em quando, sempre deixando o buraco “ocupado” para não fechar.
One thought on “Brincos em recém-nascidos”
Seu marido está correto! E eu odeiooooooooooooooo a minha orelha furada… Mas aqui no Brasil, não pude escapar.
Um beijo!